Os exercícios físicos podem ajudar você a se tornar uma pessoa mais calma e centrada
Por algum tempo, os cientistas que estudam os exercícios foram confundidos por 2 efeitos aparentemente incompatíveis da atividade física sobre o cérebro.
Por um lado, o exercício é conhecido por induzir a criação de novas células cerebrais excitantes.
Ao mesmo tempo, o exercício pode induzir um padrão global de tranquilidade em todo o nosso corpo.
A maioria de nós provavelmente não percebe que os neurônios nascem com certas predisposições. Alguns, muitas vezes mais jovens, são facilmente animados.
Eles disparam com quase qualquer provocação, o que é louvável, se você quiser acelerar o pensamento e a formação da memória.
Estudos em animais demonstraram que o exercício físico cria neurônios excitáveis em abundância, especialmente no hipocampo, uma parte do cérebro conhecida por estar envolvida no pensamento e respostas emocionais.
Mas o exercício também foi utilizado para reduzir a ansiedade em pessoas e animais.
Como pode uma atividade simultaneamente criar condições neurológicas ideais para a ansiedade e deixar os praticantes profundamente calmos? Foi justamente isso que perguntaram os pesquisadores.
Então eles reuniram camundongos maduros, injetaram substâncias que marcam células recém-nascidas no cérebro e, durante 6 semanas, permitiu que a metade deles corressem a vontade em pequenas rodas, enquanto os outros ficavam silenciosamente em suas gaiolas.
Depois, os cientistas determinaram o ponto de nervosismo inicial de cada grupo.
Os pesquisadores também verificaram o cérebro de alguns dos corredores e dos ratos sedentários para determinar a quantidade e variedade de neurônios ali contida.
Como esperado, os cérebros dos corredores fervilhava com muitos e novos neurônios excitáveis. Por outro lado, o cérebro dos ratos sedentários também continham as mesmas células, mas em menos profusão.
Os cérebros dos corredores, no entanto, também apresentou um número notável de novos neurônios especificamente projetados para liberar o neurotransmissor GABA, que inibe a atividade do cérebro, segurando os outros neurônios que disparam facilmente.
No cérebro dos corredores haviam grandes populações dessas células em uma parte do hipocampo, a região ventral, associada ao processamento de emoções.
Porém, ainda não era totalmente claro o que esses neurônios estavam causando no cérebro dos animais.
Assim, os cientistas colocaram os ratos restantes em água gelada por 5 minutos. Ratos não gostam de água fria. Eles se estressam e geram ansiedade, embora a água gelada não ofereça nenhum risco a eles.
Então, os cientistas verificaram o cérebro desses animais. Eles estavam à procura de marcadores, conhecidos como os primeiros genes imediatos que indicam um neurônio recentemente morto.
Eles descobriram que, em ambas as formas os ratos sedentários grandes números de células excitáveis tinham disparado em resposta ao banho frio.
Mas com os corredores isso não durou muito tempo. Seus cérebros, ao contrário dos animais sedentários, mostrou evidências de que os neurônios haviam sido ativos, liberando o GABA, acalmando a atividade dos neurônios excitáveis e, presumivelmente mantendo a ansiedade sobre controle.
Com efeito, os cérebros dos corredores tinham respondido ao esforço relativamente menor de um banho frio, com uma rápida preocupação seguida de uma calma abrangente.
O que isso sugere é que o hipocampo dos corredores é muito diferente dos animais sedentários.
Não só há mais neurônios excitatórios e sinapses excitatórias, mas os neurônios inibitórios são mais propensos e serem ativados, provavelmente para amortecer os neurônios excitatórios em resposta ao estresse.
Claro que ratos não são humanos mas, outros estudos mostram que o exercício físico reduz a ansiedade em seres humanos, sugerindo que a remodelação semelhante ocorre também nos cérebros das pessoas que trabalham fora.
Este artigo foi adaptado do “How Exercise Can Calm Anxiety” do Well.
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